Pedro Alonso Lopez - O Monstro dos Andes

 A história a seguir contém descrições de crimes extremamente violentos: violência contra a criança, estupro, pedofilia e assassinatos. Não é indicado para pessoas sensíveis e é recomendado para maiores de 18 anos.  

“O momento da morte é cativante e emocionante. Algum dia, quando for solto. Eu vou sentir aquele momento novamente. Ficarei feliz em matar mais uma vez. É a minha missão."

Pedro Alonso Lopez, nasceu no dia 8 de outubro de 1948, em Tolima, Santa Isabel na Colômbia. Filho de Benilda López De Castaneda e Midardo Reyes. 

 

Pedro teve uma infância difícil, sua família era humilde e após seu pai ser assassinado na porta de sua casa, com cerca de seis tiros, sua mãe passou a trabalhar como prostituta. 

 

Como a casa era pequena e ela cuidava dos filhos sozinha, atendia aos clientes com as crianças na casa. O que separava o cômodo em que ela trabalhava do cômodo em que as crianças ficavam era uma cortina de pano. 

 

Pedro obviamente podia escutar todo o processo de atendimento da mãe, e desenvolveu uma curiosidade descontrolada por sexo, que fez com que quando ele tinha 8 anos de idade, acariciasse as partes íntimas de sua irmã mais nova. Benilda acabou flagrando Pedro, que segundo ele, em entrevistas posteriores, sua mãe o expulsou de casa. Já na versão de Benilda, ele quem teria fugido.  

 

Embora a gente não possa confirmar a razão pela qual Pedro saiu de casa, o fato era que ele passou a morar nas ruas com apenas 8 anos de idade. Ele conseguiu chegar em Bogotá, a capital da Colômbia e um tempo depois de estar nas ruas, um homem de meia idade o acolheu em sua casa. O problema é que esse homem era um pedófilo, que passou a abusar sexualmente de Pedro diariamente. Ele foi mantido em cativeiro por um tempo até conseguir escapar e voltar para as ruas. 

 

A vida nas ruas era uma vida de difíceis guerras diárias: guerra para conseguir o que comer, dormir, vestir, se proteger e sobreviver... Então ele começou a cometer pequenos delitos, que o acompanharam até ser preso com 18 anos de idade após ter furtado um carro. 

 

Na prisão Pedro foi agredido e violentado por uma gangue. A agressão foi brutal e Pedro ficou entre a vida e a morte, mas conseguiu se recuperar. Após sua melhora decidiu se vingar e matou quatro integrantes da gangue cortando a garganta de cada um. 

Após esse episódio pavoroso a pena de Pedro não foi alterada, pois a unidade prisional o considerou como "legítima defesa", depois disso não houveram outros "incidentes" na vida carcerária de Pedro e ele conseguiu sua liberdade em 1978.  

 

Nas ruas novamente, Pedro se mudou para o Peru, mas não tinha casa, então vivia como nômade, sempre se mudando para lugares remotos. Nessa mesma época algo de muito sombrio despertou dentro de Pedro.  

 

Sua infância totalmente caótica e desajustada, as experiências difíceis das ruas, o abuso sexual que sofreu na infância e o último episódio violento de agressão que sofreu na cadeia desencadearam em Pedro, a vontade de matar!  

 

Ele nunca havia matado antes, mas gostou da sensação quando cortou a garganta de alguns dos membros da gangue que o agrediu. 

 

Por isso, ele passou a caçar novas vítimas, que de acordo com investigações posteriores foram apontadas pelo menos 3 crianças mortas por semana, pelas mãos de Pedro. Ele buscava por um perfil específico: eram sempre meninas entre 8 e 13 anos. 

 

Pedro avistava as meninas e as seguiam por 1 ou 2 dias para conseguir identificar uma certa rotina. Depois se aproximava e oferecia algum tipo de "bugiganga" nas palavras do próprio Pedro. Como ele era um andarilho ficava em regiões mais pobres dos países que passava, então enganava essas meninas dizendo que o que ele estava oferecendo ajudaria a mãe delas. 

 

As meninas acreditavam e o acompanhavam até um local que ele julgasse ser "seguro" para realizar suas fantasias sexuais e fascínio em matar. 

 

Pedro contou em entrevistas que passava a noite espancando e estuprando as garotas e só as matava pela manhã, estranguladas, porque gostava de ver a vida esvaindo por seus olhos e o contraste do nascer do sol fazia com que tudo ficasse mais bonito.  

 

Além disso, ele gostava de "amontoar" os corpos de pelo menos 4 vítimas para fazer uma espécie de chá da tarde bizarro, momento em que conversava com os cadáveres como se estivessem vivos. Depois ele os enterrava e seguia para outro local em busca de mais vítimas. 

 

Pedro matou mais de 100 meninas em cada país que passou, ele disse que buscava por meninas que ajudavam suas mães ou que estivessem pedindo alguma coisa na rua, normalmente pobres e que meninas equatorianas eram mais gentis e confiáveis, mais inocentes e fáceis de manipular.  

 

Segundo ele, matava para "salvar" essas meninas, pois o mundo era cruel demais e a inocência delas estaria preservada se ele as matasse até os 13 anos. Se estivessem mortas, elas nunca iriam perder sua inocência e não teriam que enfrentar uma vida de pobreza, e em sua cabeça ele era uma espécie de "anjo salvador". 

 

A polícia do Peru, Equador e Colômbia passou a investigar o desaparecimento de tantas meninas, mas como Pedro era um nômade que ninguém conhecia, nunca permanecia tempo suficiente para se estabelecer em um local e nenhum corpo foi encontrado, a polícia acabou considerando que se tratavam de desaparecimentos provocados por atividades de prostituição e exploração sexual infantil. 

 

Em 9 de março 1980, em uma feira livre de Ambato no Equador, Pedro acabou se aproximando de uma garota, achando que era mais uma criança sozinha que estivesse pedindo dinheiro ou ajuda. Mas ela era filha de uma feirante que estava no local e viu a abordagem, a mãe da menina imediatamente correu na direção em que eles estavam e gritou para os demais feirantes do local segurarem Pedro. 

 

Ele foi levado para a delegacia, mas não falou absolutamente nada num primeiro momento. Após passar um tempo na cela, um padre entrou para falar com ele, acalmá-lo e rezar. O padre na verdade era um policial disfarçado que conseguiu fazer com que Pedro confessasse todos os crimes que havia cometido. 

 

A polícia não acreditou que ele pudesse ter matado tantas garotas, então ele levou os policiais nos túmulos de 57 vítimas que ele se lembrava de ter enterrado próximo daquele local. 

 

Algumas das vítimas identificadas do Monstro dos Andes.

Como naquela época a pena máxima para homicídio no Equador era de 16 anos, Pedro foi condenado oficialmente pela morte de 110 meninas e preso. Ele passou 14 anos numa prisão do Equador e foi deportado para a Colômbia por bom comportamento, onde passou mais 3 anos num Hospital Psiquiátrico. 

Prisão no Equador

Hospital Psiquiátrico na Colômbia

Em 1998 Pedro estava livre e foi procurar por sua mãe, eles se reencontraram e ele pediu dinheiro para que pudesse viajar, ela deu o dinheiro e ele nunca mais foi visto. 

 

Pedro matou pelo menos 100 meninas na Colômbia, 110 no Equador e 150 no Peru. Ele ficou conhecido como "Monstro dos Andes" porque todas as meninas que matou no Peru viviam entre as tribos da Cordilheira dos Andes. 

 

Em 2002 ele apareceu nos radares da polícia novamente, pelo cometimento de mais um homicídio, mas nunca foi encontrado. Ele ficou por um tempo na lista de procurados da Interpol e estimasse que o tempo de atividade criminosa de Pedro seja entre 1969 e 2002 e que ele tenha matado mais de 350 garotas, embora tenha sido condenado oficialmente por 110 assassinatos. 

 

Ninguém sabe seu atual paradeiro, mas se ele estiver vivo tem 72 anos de idade. 

* As imagens utilizadas por esse artigo foram retiradas do Google

Fontes de pesquisa:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Alonso_L%C3%B3pez

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/pedro-alonso-lopez-o-monstro-dos-andes/

https://www.megacurioso.com.br/misterios/104792-monstro-dos-andes-matou-350-e-foi-solto-da-cadeia-por-bom-comportamento.htm

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/a-mente-diabolica-de-pedro-alonso-lopez-o-monstro-dos-andes.phtml

https://www.thoughtco.com/pedro-alonso-lopez-the-monster-of-the-andes-973173

https://www.youtube.com/watch?v=3QqHIONKGgQ&ab_channel=CellyNascimento

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Por Thainá Bavaresco.